terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A LENDA DE LIDICHE KOP

Conta à tradição Judaica que, durante a idade media, uma criança foi encontrada morta. Imediatamente um judeu foi acusado de ter sido o assassino e espalhou-se a versão de que a vitima fora usada para rituais macabros. O homem foi preso e, imediatamente, ficou desesperado. Sabia que era um bode expiatório e que não teria a menor chance em seu julgamento. Pediu então que trouxessem um rabino com quem pudesse conversar. E assim foi feito.
Quando o rabino chegou, o judeu acusado de assassinato e bruxaria lamuriou-se, inconsolável, certo de que a pena de morte o aguardava. Tinha certeza que fariam tudo para executá-lo. O rabino o acalmou e disse:

-Em nenhum momento pense na possibilidade de derrota. Quem tentará você a agir assim e o próprio Sinistro, que quer que você se entregue a idéia de fracasso.

-Mas o que fazer? – perguntou homem, angustiado.

-Não desista, acredite na vitória e lhe será mostrado o caminho inimaginável.

Chegado o dia do julgamento, o juiz, já comprometido com a conspiração para condenar o homem, quis ainda assim fingir que lhe permitiria um julgamento justo e lhe daria uma oportunidade para que demonstrasse sua inocência. Chamou-o e disse:

-Já que vocês são pessoas de fé, vou deixar que o Senhor cuide desta questão: vou escrever num pedaço de papel a palavra inocente e em outro a palavra culpado. você escolherá um dos dois e o Senhor decidirá o seu destino.

O acusado começou a suar frio, sabendo ele que aquilo era uma bela encenação e que iriam condená-lo de qualquer maneira. E, como ele já havia previsto, o juiz preparou dois pedaços de papel que continham ambos a palavra culpado. A primeira vista podia dizer-se que as chances do acusado acabavam de cair de 50% para 0%. Não havia qualquer chance estatística de que ele viesse a retirar o papel contendo a inscrição “inocente”, pois ele não existia.
Lembrando-se das palavras do rabino, o acusado meditou por alguns instantes e, com o brilho retornando o seu olhar, avançou em direção aos papeis, escolheu um deles e, imediatamente, o engoliu. Todos os presentes protestaram:

-O que você fez? Como vamos saber qual destino que lhe cabia?

Mais que prontamente, ele respondeu:
-Simples basta olhar o que diz o outro papel e saberemos que escolhi o contrário do que estava escrito nele.

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